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Pesquisa da Universidade Livre Feminista aborda desigualdades estruturais no uso da internet por mulheres populares no Brasil

Mulheres populares e desigualdades estruturais no uso das tecnologias e acesso à internet no Brasil: esta foi a questão central do lançamento da pesquisa Nas rodas e nas redes: uso da internet por mulheres de movimentos populares, realizada pela Universidade Livre Feminista na segunda quinzena do mês de junho.

A pesquisa realizada com mulheres de classes populares teve o objetivo de conhecer melhor a realidade das mulheres militantes de classes populares do Amazonas, Ceará e Pernambuco para traçar estratégias criativas de enfrentamento aos desafios de realizar processos de educação à distância em meados de 2018.

Após dois anos e um agravamento de uma crise civilizatória sem precedentes, o contexto de pandemia mostra como são atuais os desafios apontados na pesquisa, especialmente para mulheres negras, indígenas e que estão em territórios marcados pelos (des)interesses do capital.

Para debater estas e outras questões geradas pelo estudo participaram da transmissão de lançamento as colaboradoras da Universidade Livre Feminista: Sophia Branco (militante do Fórum de Mulheres de Pernambuco e organizadora da publicação), Larissa Santiago (Blogueiras Negras), Priscilla Brito (CFEMEA) e Cristiane Lima (Universidade Livre Feminista). Também participaram dona Valdina Souza de Oliveira (Coletivo Mulheres de Fibra da Amazônia) e Joseli Cordeiro (da Comunidade Quilombola Batoque), ambas contando como foi o processo de articulação nas oficinas, os impactos causados pela não democratização do acesso a internet durante a Pandemia e o atual contexto da luta antirracista no Brasil.

Mais sobre a pesquisa

A pesquisa foi realizada através de oficinas focais que debateram a relação das participantes com as tecnologias e a internet. Em Parintins, Amazonas (AM), realizamos a pesquisa com mulheres urbanas e rurais de classes populares. Em Pacajus (CE), com mulheres de comunidades indígenas, quilombolas, pescadoras e agricultoras. E, em Recife (PE), as participantes são militantes feministas de diferentes periferias da Região Metropolitana. Nas rodas de diálogo, discutimos a forma como a internet está inserida no nosso cotidiano, quais são as dificuldades enfrentadas para o acesso à internet e como nos relacionamos com o conteúdo que acessamos nesse universo.

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