Cerca de 700 trabalhadoras de diferentes categorias participaram do ato, que abre jornada nacional de lutas contra a Reforma da Previdência.
As mulheres fizeram barulho na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), em defesa da aposentadoria e da seguridade social na quinta-feira, 11 de abril. Deputadas e deputados de vários grupos da Câmara como a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Mulheres e a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, além de várias organizações da sociedade civil, mais de 700 trabalhadoras rurais, professoras e outras diversas categorias, além de diversos movimentos feministas, tais como a União Brasileira de Mulheres, Articulação de Mulheres Brasileiras e Marcha Mundial das Mulheres, lotaram o auditório Nereu Ramos e mais mais dois plenários na realização do ato contra a reforma da Previdência (PEC 6/19).
Organizada pelo movimento feminista, em parceria com a liderança da minoria na Casa, a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e da Frente Parlamentar em Defesa do Direito da Mulher, a manifestação atraiu trabalhadoras de diferentes perfis, como domésticas, agricultoras, catadoras, professoras, servidoras públicas, além de parlamentares.
A líder da minoria na Câmara, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), destacou que a reforma é mais um ato violento contra as mulheres, visto que “as mulheres já têm uma vida laboral diferenciada, que representam quase a metade das pessoas do mundo do trabalho que não têm sua carteira de trabalho assinada e sofrem com a discriminação de salários, com a dupla jornada de trabalho e com a falta de creche”.
“Se essa reforma é ruim para os homens, ela é pior para as mulheres. As mulheres são as primeiras e as grandes excluídas do sistema previdenciário. É uma reforma misógina, excludente, ela discrimina principalmente as mulheres negras e mulheres pobres. Essa reforma é contra os pobres deste país”, disse a líder da Minoria.