Ao longo da história de resistência da população negra no Brasil, as mulheres lideram os processos de enfrentamento e constroem estratégias para sobreviver a um mundo onde os sistemas que estruturam a vida social e econômica, tem o racismo como um projeto que sustenta a dominação e a exploração das pessoas. O racismo enquanto uma política estruturante do capitalismo, cada vez mais exploratório da natureza e das formas de vida, e do projeto patriarcal de dominação das mulheres, incide diretamente para manter o mundo em constante desigualdade.
Diante do recrudescimento do racismo em escala local, nacional e global, a luta antirracista é cada vez mais uma frente que deve estar no centro da luta dos movimentos sociais e organizações populares que resistem à essa lógica de extermínio. Diante desse contexto, as mulheres negras se mantém em resistência. Criam laços, redes de afeto e solidariedade que são históricas, ancestrais, que são também maneiras de organizar as comunidades e a garantia de existência.
Contrariando a lógica, elas estão abrindo os caminhos. Com muito enfrentamento, denunciam o projeto de sociedade que tem o racismo estrutural como base. Nós do SOS Corpo acreditamos que a prática feminista só transforma se ela tiver no cerne de suas ações, o antirracismo como instrumento imprescindível na luta em defesa das mulheres e por uma democracia plena e plural.
Neste Novembro Negro, destacamos iniciativas de organizações e coletivos que estão pautando no dia a dia a luta antirracista, produzindo ações que questionam a lógica social, que escancaram as facetas do racismo e que estão organizadas para defender o direitos de mulheres, homens e crianças negras de poderem existir com dignidade.
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